v. 2 n. 3 (2022): Revista TeoPraxis

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Estamos lançando a terceira edição da Revista TeoPraxis. Recordamos que o objetivo desta Revista é oferecer um espaço para a publicação de artigos e resenhas de discentes dos cursos de Graduação em Teologia e Licenciatura em Ciências da Religião, tal como de outras áreas afins. Almejamos, com a TeoPraxis, por meio do compartilhamento de estudos e pesquisas, a construção de redes de diálogo entre os autores e as autoras provenientes de várias localidades do país.

Somos gratos a todos os autores e a todas as autoras dos artigos que participam desta edição. Contamos com sete artigos, alguns são autorais e outros em coautoria, inclusive entre discentes e docentes. Segue uma brevíssima apresentação de cada um deles.

Nosso primeiro artigo é de autoria de Joaquim Jocélio de Sousa Costa, cujo título é Trindade: fundamento da sinodalidade. Partindo da compreensão de que a Trindade é o modelo e o princípio da comunhão eclesial, o autor propõe apresentá-la como razão para a sinodalidade, pois acredita que caminhar como Povo de Deus é uma resposta ao Deus que é Uno e Trino, dimensão constitutiva da Igreja.

O segundo artigo, intitulado Narrativa histórica e construção de identidade na História Eclesiástica de Eusébio de Cesareia, é de autoria de Eduardo Douglas Santana Silva. O autor analisa a História Eclesiástica de Eusébio de Cesareia na busca por compreender o desenvolvimento dessa obra enquanto construtora de memória e de identidade na narrativa histórica e na sacralização do gênero histórico. Para o autor, “a mentalidade histórica do cristianismo constituirá as bases de muitas das nossas noções atuais de história, com sua linearidade e teleologia”.

Intitulado O encontro de Jesus com Nicodemos (Jo 3,1-10), o terceiro artigo é de autoria de Marcela Machado Vianna Torres. A autora, a partir da análise da perícope joanina que narra o encontro de Jesus com Nicodemos, provoca o leitor e a leitora com as afirmativas de que a fé proveniente dos sinais é fraca, que para seguir Jesus é necessário abandonar velhas estruturas, mudar de mentalidade, e que para entrar no Reino de Deus é preciso uma conversão profunda.

O quarto artigo, intitulado Pressupostos metafísicos e teológicos para compreensão do Ser, é de autoria de Cainan Espinosa Gimenes. Em sua reflexão, o autor afirma que a metafísica é complementada pela teologia neotestamentária, revelada na Pessoa de Cristo. E que em Cristo se compreende a dinâmica do ser humano, enquanto participante do ser de Deus e cuja finalidade é ser-para-o-outro.

Intitulado Onde está o teu irmão? Uma reflexão sobre o ressentimento a partir de Gn 4,1-16, o nosso quinto artigo é de autoria de Marcelo Lessa. O autor revisita a história de Caim e Abel a partir da ótica do ‘ressentimento’ e, depois de uma análise bíblica, faz uma abordagem desde a filosofia e a psicanálise. Segundo o autor, a história de Caim e Abel pode ajudar as pessoas a superarem o comportamento ressentido e abrirem-se ao amor de Deus.

O penúltimo artigo, intitulado O diálogo social como construtor de paz: uma leitura missionária a partir do pensamento da psicanalista Melanie Klein, é de autoria do Prof. Jairo de Jesus Menezes com o graduado Sergio Esteban González Martínez. Os autores apresentam a teoria psicanalítica Melanie Klein, com base nos termos que se referem ao desenvolvimento do sujeito: a posição esquizo-paranóide, a posição depressiva e o amor, culpa e reparação, em harmonia e diálogo com a proposta de Igreja do Papa Francisco. A intenção dos autores é ressaltar o processo de desenvolvimento do sujeito na noção de amor, culpa e reparação nos relacionamentos pessoais e comunitários, a importância do reconhecimento da dimensão social do Evangelho e a necessidade do diálogo como construtor de paz na casa comum.

O último artigo, intitulado O retardamento da parusia e seus reflexos no deuteropaulinismo de 2Ts 2,1-12: uma excursão ao contexto macabaico de Dn 9,20-27, tem como autores o Prof. Waldecir Gonzaga e o graduando Luan Ferreira do Nascimento. Os autores apresentam a relação divergente/convergente entre o judaísmo da primeira metade do século II a.C. e o cristianismo nascente da segunda metade do século I d. C. No artigo, destaca-se a Apocalíptica Judaica em sua periodização da história, a partir de suas marcas indeléveis na mentalidade escatológica do deuteropaulinismo. Segundo os autores, a partir da compreensão de que as comunidades cristãs do I século d. C. foram abaladas pela destruição do Templo de Jerusalém, relacionam-se o atraso da parusia com a misteriosa manifestação do Anticristo.

Depois da curta apresentação de cada artigo, desejamos que a leitura desta terceira edição da Revista TeoPraxis seja muito bem aproveitada. Queremos incentivá-lo e incentivá-la para que também colabore conosco, fazendo a submissão do seu artigo para a próxima edição.

Francilaide de Queiroz Ronsi
Editora Chefe da Revista TeoPraxis

Publicado: 2022-06-30