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  • Revista TeoPraxis
    v. 1 n. 1 (2021)

    No segundo semestre de 2020, por decisão unânime dos professores e professoras do Departamento de Teologia da PUC-Rio, decidiu-se criar uma revista inteiramente voltada para a Graduação, intitulada TeoPraxis, com o escopo de estimular a publicação de alunos e alunas dos muitos cursos de Graduação em Teologia e Licenciatura em Ciências da Religião, assim como de outras áreas que possam dialogar com temas afins, como um serviço interno e externo.

    Este projeto se concretiza agora em 2021 e leva a cabo este sonho de criar um espaço de cultura da escrita e da publicação já na Graduação, focando na Pós-graduação. Esta Revista era um pedido dos alunos e alunas do Departamento, que gostariam de ter um espaço para publicar os resultados de seus trabalhos efetuados já na Graduação.

    A Revista TeoPraxis nasce com uma equipe editorial que assume a missão de gesta-la e de leva-la adiante. Como editora chefe, conta com a Profa. Dra. Francilaide Queiroz Ronsi (PUC-Rio), e como editor assistente, com o Prof. Dr. Abimar Oliveira de Moraes (PUC-Rio). Além disso, a TeoPraxis conta com uma comissão editorial, com vários professores e professoras do Departamento de Teologia; com um conselho editorial, com docentes oriundos das várias Faculdades de Teologia do Brasil, buscando envolver a todos, na rica pluralidade do cenário nacional; conta inclusive com discentes de Pós-graduação e de Graduação.

    A Revista TeoPraxis surge como um espaço de publicação voltado para o campo da Teologia em todas as suas áreas, das Sagradas Escrituras e de seu mundo. Ela terá sua publicação semestral, não contará com Dossiês e publicará artigos gerais, no sistema OJS (Open Journal Systems), de livre acesso para todos e em qualquer lugar, visando sempre contribuir para a socialização do conhecimento, especialmente entre os docentes e os discentes. Sua publicação se dará apenas no formato eletrônico. Fará chamadas para submissão, a fim de manter o contato com seu público, mas aceitará submissões ao longo de todo o ano. A Revista TeoPraxis encontra-se em página própria (revistateopraxis.teo.puc-rio.br), onde temos as informações sobre a mesma e sua política de publicação.

    Com este espaço, espera-se estar apoiando e fomentando a prática e a cultura da escrita e a publicação de trabalhos de autoria de discentes dos cursos de Bacharelado em Teologia e Licenciatura em Ciências da Religião, assim como de outras áreas que possam dialogar com temas afins, como dito acima. Desse modo, a Revista TeoPraxis oferece aos graduandos e aos já graduados dos referidos cursos o incentivo para a produção e a divulgação de suas pesquisas acadêmicas. Quiçá ela possa realmente fomentar e incentivar o exercício da pesquisa acadêmica já na Graduação e abrir leques para futuras pesquisas na Pós-graduação.

    A publicação poderá se dar a partir de textos autorais (um/a só autor/a) ou em coautoria entre os discentes ou ainda entre discentes e docentes em Teologia e ou em Ciências da Religião, por meio de artigos científicos e resenhas críticas, em âmbito nacional e internacional, sendo um canal de debate, visando socializar o conhecimento e estimular a pesquisa.

    Como é comum em Revistas/Periódicos com esta finalidade, também para TeoPraxis os artigos submetidos para a publicação deverão ser sempre originais e inéditos. Para tanto, a fim de auxiliar neste campo, buscar-se-á, sempre, incentivar os/as discentes para que transformem seus trabalhos preparados em disciplinas dos cursos de Graduação, e igualmente pesquisas pessoais ou em coautoria, em potenciais artigos a serem submetidos na Revista TeoPraxis.

    A primeira edição da Revista TeoPraxis faz história. Os que estão publicando em seu primeiro número surgem como pioneiros em seu lançamento e marcarão sua história para sempre. Cada um/a está participando desta “pedra de lançamento” de uma Revista totalmente voltada para a graduação e que oferece um marco em vista da pesquisa e publicação também nos cursos de Graduação em Teologia e Ciências da Religião. Ele conta com valiosas colaborações autorais e em coautoria, inclusive entre docente e discente, como podemos ver nesta edição. Vale a pena conferir cada uma das colaborações, a saber:

    Seu primeiro texto, intitulado O Salmo 148 analisado à luz da Análise Retórica Bíblica Semítica, é de autoria do Prof. Dr. Waldecir Gonzaga e do bacharel Eliseu Fernandes Gonçalves e. As palavras-chave apresentadas já nos indicam o valor da contribuição deste artigo: Retórica Semítica, estrutura, paralelismo, aleluia, YHWH e Salmo 148. Oferece como contribuição o Salmo 148 analisado à luz do Método da Análise Retórica Bíblica Semítica, a partir das técnicas exegéticas de Roland Meynet, realçando os paralelismos, forma, estrutura e a riqueza teológica deste salmo que se constitui em um belíssimo hino de louvor aleluiático cósmico a YHWH, o Deus criador.

    Seu segundo texto, intitulado A pedagogia de Jesus no caminho de Emaús, é de autoria de três discentes: Helber Augusto de Paiva, Marcela Machado Vianna Torres e Sonia Martins de Almeida Nogueira. As palavras-chave apresentadas já nos indicam o valor da contribuição deste artigo: Pedagogia de Jesus, fé pascal, Palavra, partilha do Pão e o Ressuscitado. A contribuião deste texto se dá na análise que o mesmo oferece a partir da narrativa de Lc 24,13-35, do encontro entre o Ressuscitado e os discípulos de Emaús, focando-se no itinerário da fé pascal da Igreja Nascente, a partir dos três cenários presentes na perícope: o caminho (vv.13-28), a aldeia de Emaús (vv.29-32) e Jerusalém (vv.33-35).

    Seu terceiro texto, intitulado O Prólogo do Quarto Evangelho, é de autoria da discente Elaine de Azevedo Maria. As palavras-chave apresentadas já nos indicam o valor da contribuição deste artigo: Evangelho de João, Prólogo e Teologia Joanina. O artigoapresenta uma análise de Jo 1,1-18, buscando demosntrar a linguagem sutil e sua profundidade, usadas pelo autor para transmitir a essência da teologia joanina, como encontramos nas frases iniciais do Prólogo do Quarto Evangelho. Para tanto, o artigo trabalha os principais aspectos deste espetacular hino ao Logos de Deus, que se fez carne e veio habitar entre os seres humanos, revelando-nos o projeto do Pai.

    Seu quarto texto, intitulado A elaboração cristológica enquanto via para a Revelação Trinitária no Evangelho de João, é de autoria do discente Bruno Pinto de Albuquerque e da Prof. Dra. Maria Clara Lucchetti Bingemer. As palavras-chave apresentadas já nos indicam o valor da contribuição deste artigo: Cristologia, Jesus Cristo, Revelação, Santíssima Trindade e Evangelho de João. O artigo oferece uma belíssima reflexão acerca do processo da evolução da elaboração cristológica, articulada com a progressiva Revelação Trinitária que se dá ao longo do Evangelho de João. Indica que isso pode ser percebido em várias perícopes deste escrito joanino, o qual mostra que o caminho do discipulado se configura com o reconhecimento de Jesus, Deus feito Homem, a partir da manifestação do Nazareno, de suas palavras e gestos, que são reveladores do Projeto do Pai e inauguradores do Reino.

    Seu quinto texto, intitulado Religião e Literatura: matriz bíblica na obra machadiana de Esaú e Jacó, é de autoria de Eryton Mesquita da Paixão. As palavras-chave apresentadas já nos indicam o valor da contribuição deste artigo: Machado de Assis e literatura. Este artigo apresenta uma colaboração de leitura de interface entre a arte e a religião, a partir da Bíblia e da literatura canônica brasileira. Sua ótica de leitura se dá a partir da teoria da intertextualidade, do aporte da teoria literária e das distintas linguagens usadas em uma mesma construção poético-narrativa. A partir de exemplos de “gêmeos” da literatura bíblica, de todo seu “espelho literário”, busca analisar as ressignificações poéticas feitas por Machado de Assis.

    Seu sexto texto, intitulado O furto e a saudade: relações entre fiéis e patrimônio sacro em Vigia-PA, é de autoria de Rafaela do Socorro Moraes Favacho. As palavras-chave apresentadas já nos indicam o valor da contribuição deste artigo: Memória social, simbologias e fé. A construção deste artigo se dá a partir dos resultados de um projeto realizado no município de Vigia, no estado do Pará. O escopo do mesmo foi buscar compreender como o fenômeno de furtos de imagens sacras, no passado, influenciou a memória social deste povo e quais os aspectos simbólicos que se perpetuaram nas gerações, considerando a moral e valores de então, e como se repercutem até hoje, nas novas gerações, no elo entre arte-crença-sociedade, em sua vasta gama de simbologias.

    Enfim, recomendamos o acesso e a leitura dos artigos deste primeiro e histórico número da Revista TeoPraxis. Aliás, participe ativamente deste momento e compartilhe o link da TeoPraxis com o maior número de amigos/as e colegas de estudo, que também almejam ter um espaço para publicação voltada para a Graduação. Mais ainda, faça você também sua submissão para os próximos números da Revista, que aguarda por sua colaboração.

    Waldecir Gonzaga
    Diretor do Departamento de Teologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

    Francilaide Queiroz Ronsi
    Editora Chefe da Revista TeoPraxis

  • Revista TeoPraxis
    v. 1 n. 2 (2021)

    É com alegria que lançamos a segunda edição da Revista TeoPraxis. Uma Revista que tem como objetivos estimular e promover a publicação de artigos de discentes dos cursos de Graduação em Teologia e Licenciatura em Ciências da Religião, bem como de outras áreas afins. Desse modo, esperamos que esse espaço possa ativar o desejo pela escrita e pela leitura, construir redes de interação entre os autores e autoras, fomentar o compartilhamento de estudos, pesquisas e escritos entre os discentes e graduados.

    Agradecemos a colaboração dos autores e autoras dos artigos que participam desta edição. Temos importantes contribuições em seis artigos. Alguns textos são autorais e outros em coautoria, inclusive entre discentes e docentes. Segue uma brevíssima apresentação de cada um deles:

    O primeiro artigo, intitulado A presença mística de Cristo na assembleia litúrgica: Ele está no meio de nós, é de autoria de Marta Chiara. A autora, a partir de uma inquietação pastoral, deseja contribuir para o despertar de uma nova mentalidade na vivência celebrativa da liturgia. Para esse fim, o seu desenvolvimento segue o caminho apontado pelo Concílio Vaticano II, no seu retorno às fontes da Revelação, às fontes bíblica e patrística. Na primeira seção, a liturgia é abordada a partir do Concílio Vaticano II e do seu retorno às fontes da Revelação. Na seção seguinte, é destacada a etimologia da palavra liturgia e seu sentindo teológico e, por fim, na última seção, a liturgia é apresentada à luz da economia da salvação, com ênfase “no tempo da promessa”, “no tempo do cumprimento” e “no tempo da extensão”. A autora conclui afirmando que “a liturgia é a passagem do Ressuscitado na história, no tempo de cada existência humana” e que “todas as vezes que o cristão dela participa, deixando-se tocar pelo Mistério celebrado, Cristo atualiza nele individualmente, e no corpo eclesial a obra da Redenção”.

    O nosso segundo artigo, de autoria de Hugo dos Santos Nascimento, aborda o tema O sacerdócio de Cristo e o sacerdócio da Igreja. O autor, a partir da compreensão de que “o sacerdócio é o verdadeiro dom de Deus à humanidade; dom esse dado à Igreja como participação no sacerdócio do próprio Cristo”, procura responder às seguintes questões: o que vem a ser esse sacerdócio? Qual a sua origem? Qual é a sua realização? Todos participam desse sacerdócio do mesmo modo? Para esse fim, na primeira seção do texto são abordadas as raízes da compreensão sobre o sacerdócio no Antigo Testamento. Em seguida, na segunda seção, são apresentados o significado e a importância do sacerdócio de Cristo no Novo Testamento para compreender o sentido de se poder dizer que a Igreja, corpo de Cristo, é também sacerdotal.  Por último, apresenta uma análise sobre a origem e natureza do sacerdócio ministerial e em que este se difere do sacerdócio comum dos fiéis. O autor chega à conclusão de que o “sacerdócio ministerial se diferencia do sacerdócio comum dos fiéis, mas, ao mesmo tempo, não se opõe ao sacerdócio comum, pois um está ordenado para o outro” e que o “sacerdócio ministerial e o sacerdócio comum são dons dados por Deus à Igreja para a sua santificação e para a perpetuação da sua presença no mundo”.

    O terceiro artigo, intitulado O Espírito da Liturgia: uma aproximação filosófica Ratzingeriana, é de autoria de Telmo Olímpio. Nele são destacadas as considerações de Ratzinger para a Liturgia, em especial, em seu aspecto filosófico. O texto é desenvolvido a partir da influência que teve uma das obras de Romano Guardini para o pensamento do teólogo alemão, em sua obra Introdução ao Espírito da Liturgia. Segundo o autor, “tanto Ratzinger quanto Guardini buscam, no essencial, a apreensão da correta prática da fé por meio da expressão litúrgica”. Na primeira seção do artigo, apresenta-se espírito litúrgico, a partir de Guardini e, em seguida, realiza-se a aproximação filosófica segundo a percepção ratzingeriana. Na última seção, são apresentados os quatro elementos sobre a substância litúrgica destacados no pensamento ratzingeriano, a saber: o teológico; o antropológico; o mistagógico; e o cósmico. O autor conclui seu artigo evidenciando a contribuição da reflexão filosófica litúrgica realizada por Ratzinger para a compreensão de que a “liturgia, como ato ritual de prestar culto à divindade, é um fenômeno humano comum a todas as civilizações” e, como traço da “expressão religiosa e cultural, pode e deve ser refletido filosoficamente e não somente como objeto de estudo da teologia”.

    O quarto artigo, intitulado Jesus Pastor. A figura do bom pastor de Jo 10,11-15 e sua relação com o pastor de Zc 13,7-9, é de autoria da Profa. Dra. Maria de Lourdes Corrêa Lima e do graduando Gilliard Gomes Viana.  A partir da afirmação do estudioso do Quarto Evangelho, R. Schnackenburg, em que diz que o texto de Zc 13,7 está por trás do texto do discurso sobre o ‘bom pastor’ de Jo 10, os autores realizam uma análise exegética dos textos envolvidos para averiguar a coerência dessa afirmação. Para tal verificação, na primeira seção são apresentados os aspectos mais relevantes do texto de Zc 13,7-9. Na seção seguinte é realizado um estudo do texto de Jo 10, 11-15, em que são analisados os dados de maior relevo em vista de verificar uma possível relação intertextual. Na última seção, é apresentado o confronto entre os dois textos em seus aspectos exegéticos e teológicos para saber se é plausível considerar Zc 13,7-9 como horizonte para compreender Jo 10,11-15. Por fim, a partir do estudo realizado, os autores levantam algumas questões e concluem que há, sim, coerência na afirmação do estudioso R. Schnackenbur.

    Com o título, Juventude e Discernimento Vocacional: o encontro pessoal com Cristo como princípio e fundamento da vida feliz, o nosso quinto artigo é de autoria de Gilmar Antônio Aguiar. Nele, a abordagem realizada pelo autor parte da compreensão de que a “realização pessoal implica a opção fundamental da pessoa, no que deseja ser e fazer na vida e para a vida”. E, nesse sentido, ele desenvolve o seu artigo em três seções. Na primeira seção, é apresentada uma visão panorâmica da juventude e novas gerações, uma abordagem desde o seu contexto até a descoberta do sentido de sua vida. Na segunda seção, o destaque é para a importância do discernimento e do acompanhamento espiritual, para o crescimento humano e a capacidade de viver segundo um projeto de vida. Por fim, na última seção, o autor aborda o ponto central de sua reflexão, quando apresenta o “encontro pessoal com Cristo como momento fundamental na vida de qualquer pessoa, em especial para o jovem que se sente vocacionado à vida religiosa consagrada”.

    Chegamos ao nosso último artigo, intitulado Leitura winnicottiana aplicada à vida do ministro ordenado: o estado tranquilo, o silêncio, a arte de ficar só e a ideia do superior suficientemente bom no processo de amadurecimento pessoal para a atividade missionária. Nele, os autores Prof. Dr. Jairo de Jesus Menezes e o graduado Sergio Esteban González Martínez empregam as teorias do pediatra e psicanalista inglês, Donald Winnicott, à realidade eclesial, em especial, aos desafios enfrentados pelos ministros ordenados diocesanos e religiosos em sua formação humana e na atuação de seu ministério. Para tanto, na primeira seção, apresenta-se a introdução ao pensamento winnocottiano, em seguida, destaca-se a importância de “ficar só” numa leitura winnicottiana aplicada à vida do ministro ordenado e, por último, na terceira seção, sinaliza-se a necessidade de um ambiente facilitador para o processo de amadurecimento integral da pessoa humana. Os autores concluem afirmando que “retomar a teoria winnicottiana pode ajudar o ministro ordenado na missão da Igreja, no diálogo social, na construção de uma sociedade mais tolerável e na integração do ‘eu-missão’ em harmonia com o pontificado do Papa Francisco”.

    Ante o exposto, provocados e provocadas pela busca do conhecimento e do aprofundamento de pertinentes temas, recomendamos que seja muito bem aproveita a leitura desta segunda edição da Revista TeoPraxis. Compartilhe o link da nossa Revista com seus amigos e amigas para que mais pessoas possam encontrar nesse espaço a interação de que precisam para os seus estudos, pesquisas e produções. Por fim, queremos incentivá-lo e incentivá-la para que também colabore conosco, fazendo a submissão do seu artigo para a próxima edição.

    Até lá!

    Francilaide Queiroz Ronsi
    Editora Chefe da Revista TeoPraxis

  • Revista TeoPraxis
    v. 2 n. 3 (2022)

    Estamos lançando a terceira edição da Revista TeoPraxis. Recordamos que o objetivo desta Revista é oferecer um espaço para a publicação de artigos e resenhas de discentes dos cursos de Graduação em Teologia e Licenciatura em Ciências da Religião, tal como de outras áreas afins. Almejamos, com a TeoPraxis, por meio do compartilhamento de estudos e pesquisas, a construção de redes de diálogo entre os autores e as autoras provenientes de várias localidades do país.

    Somos gratos a todos os autores e a todas as autoras dos artigos que participam desta edição. Contamos com sete artigos, alguns são autorais e outros em coautoria, inclusive entre discentes e docentes. Segue uma brevíssima apresentação de cada um deles.

    Nosso primeiro artigo é de autoria de Joaquim Jocélio de Sousa Costa, cujo título é Trindade: fundamento da sinodalidade. Partindo da compreensão de que a Trindade é o modelo e o princípio da comunhão eclesial, o autor propõe apresentá-la como razão para a sinodalidade, pois acredita que caminhar como Povo de Deus é uma resposta ao Deus que é Uno e Trino, dimensão constitutiva da Igreja.

    O segundo artigo, intitulado Narrativa histórica e construção de identidade na História Eclesiástica de Eusébio de Cesareia, é de autoria de Eduardo Douglas Santana Silva. O autor analisa a História Eclesiástica de Eusébio de Cesareia na busca por compreender o desenvolvimento dessa obra enquanto construtora de memória e de identidade na narrativa histórica e na sacralização do gênero histórico. Para o autor, “a mentalidade histórica do cristianismo constituirá as bases de muitas das nossas noções atuais de história, com sua linearidade e teleologia”.

    Intitulado O encontro de Jesus com Nicodemos (Jo 3,1-10), o terceiro artigo é de autoria de Marcela Machado Vianna Torres. A autora, a partir da análise da perícope joanina que narra o encontro de Jesus com Nicodemos, provoca o leitor e a leitora com as afirmativas de que a fé proveniente dos sinais é fraca, que para seguir Jesus é necessário abandonar velhas estruturas, mudar de mentalidade, e que para entrar no Reino de Deus é preciso uma conversão profunda.

    O quarto artigo, intitulado Pressupostos metafísicos e teológicos para compreensão do Ser, é de autoria de Cainan Espinosa Gimenes. Em sua reflexão, o autor afirma que a metafísica é complementada pela teologia neotestamentária, revelada na Pessoa de Cristo. E que em Cristo se compreende a dinâmica do ser humano, enquanto participante do ser de Deus e cuja finalidade é ser-para-o-outro.

    Intitulado Onde está o teu irmão? Uma reflexão sobre o ressentimento a partir de Gn 4,1-16, o nosso quinto artigo é de autoria de Marcelo Lessa. O autor revisita a história de Caim e Abel a partir da ótica do ‘ressentimento’ e, depois de uma análise bíblica, faz uma abordagem desde a filosofia e a psicanálise. Segundo o autor, a história de Caim e Abel pode ajudar as pessoas a superarem o comportamento ressentido e abrirem-se ao amor de Deus.

    O penúltimo artigo, intitulado O diálogo social como construtor de paz: uma leitura missionária a partir do pensamento da psicanalista Melanie Klein, é de autoria do Prof. Jairo de Jesus Menezes com o graduado Sergio Esteban González Martínez. Os autores apresentam a teoria psicanalítica Melanie Klein, com base nos termos que se referem ao desenvolvimento do sujeito: a posição esquizo-paranóide, a posição depressiva e o amor, culpa e reparação, em harmonia e diálogo com a proposta de Igreja do Papa Francisco. A intenção dos autores é ressaltar o processo de desenvolvimento do sujeito na noção de amor, culpa e reparação nos relacionamentos pessoais e comunitários, a importância do reconhecimento da dimensão social do Evangelho e a necessidade do diálogo como construtor de paz na casa comum.

    O último artigo, intitulado O retardamento da parusia e seus reflexos no deuteropaulinismo de 2Ts 2,1-12: uma excursão ao contexto macabaico de Dn 9,20-27, tem como autores o Prof. Waldecir Gonzaga e o graduando Luan Ferreira do Nascimento. Os autores apresentam a relação divergente/convergente entre o judaísmo da primeira metade do século II a.C. e o cristianismo nascente da segunda metade do século I d. C. No artigo, destaca-se a Apocalíptica Judaica em sua periodização da história, a partir de suas marcas indeléveis na mentalidade escatológica do deuteropaulinismo. Segundo os autores, a partir da compreensão de que as comunidades cristãs do I século d. C. foram abaladas pela destruição do Templo de Jerusalém, relacionam-se o atraso da parusia com a misteriosa manifestação do Anticristo.

    Depois da curta apresentação de cada artigo, desejamos que a leitura desta terceira edição da Revista TeoPraxis seja muito bem aproveitada. Queremos incentivá-lo e incentivá-la para que também colabore conosco, fazendo a submissão do seu artigo para a próxima edição.

    Francilaide de Queiroz Ronsi
    Editora Chefe da Revista TeoPraxis

  • Revista TeoPraxis
    v. 2 n. 4 (2022)

    Apresentamos a quarta edição da Revista TeoPraxis. Estamos terminando o nosso segundo ano. É tempo de agradecer!  Nesse sentido, queremos trazer à memória a colaboração de todas as pessoas que colaboraram na construção dessa história, os/as leitores/as avaliadores/as, os/as autores/as com os seus artigos, o incansável trabalho da secretaria, o apoio e a confiança do Diretor do Departamento de Teologia da PUC-Rio, Pe. Waldecir Gonzaga. A todos/as, o nosso muito obrigada!

    Neste momento festivo, consolidamos os objetivos da TeoPraxis, que são: estimular e promover a publicação de artigos de discentes dos cursos de Graduação em Teologia e Licenciatura em Ciências da Religião, bem como de outras áreas afins; estimular o desejo pela escrita e pela leitura; construir redes de interação entre os autores e autoras; e fomentar o compartilhamento de estudos, pesquisas e escritos entre os discentes e graduados.

    Desse modo, um especial agradecimento, celebrando os dois anos da TeoPraxis, vai para os autores/as dos artigos que participam desta edição. Contamos com importantes contribuições em sete artigos. Alguns textos são autorais e outros em coautoria. Segue uma brevíssima apresentação de cada um deles:

    No primeiro artigo, Márcio Feliciano, com o tema Mario Vitorino: testemunho e contribuição teológica no século IV, tendo como base as informações biográficas de Victorinus Afer, evidencia as contribuições do filósofo em temas e reflexões dogmáticas fundamentais para a história da Igreja, especialmente no período Patrístico. Dentre as reflexões, destaca-se a discussão em busca da definição da consubstancialidade entre Cristo e o Pai, presentes nos dois primeiros concílios da Igreja.

    Com o título Carisma do fundador e carisma de fundação: importância, aproximações e distinções, os autores Carlos Roberto e Gabriel Arcanjo nos convidam e refletir, no segundo artigo, sobre as relações entre carisma do fundador e carisma da fundação, reconhecidos como dons distribuídos pelo Espírito Santo para o bem da Igreja e do mundo, inspirando a fundação de diversos Instituições Religiosas. Os autores defendem que para conhecer bem uma Instituição Religiosa é essencial conhecer os carismas do fundador e da fundação.

    Tratando do tema A importância da Festa da Páscoa nos relatos da última ceia: a Páscoa de Jesus inscrita em continuidade à Pessach judaica, Arthur Carvalho demonstra, no terceiro artigo, como a Páscoa cristã foi elaborada e concebida pelos primeiros cristãos dentro do horizonte semântico e de significações da Páscoa Judaica. Analisando as narrativas sobre a Páscoa nos Sinóticos e no Evangelho segundo João, defende que, com diferentes matizes teológicas, os Evangelhos tomam das categorias pascais os significados mais fortes para interpretar a oblação salvífica de Jesus.

    No quarto artigo, intitulado Os símbolos do sacramento do batismo: elementos mistagógicos na arte sacra, o autor Fernando Elias nos convida a refletir sobre o trabalho sacro e teológico do artista Cláudio Pastro e a inserção da arte sacra dentro do espaço litúrgico que compõem o batistério, como meio mistagógico para aqueles que adentram a fé cristã católica.

    Partindo de um estudo essencialmente bibliográfico, o quinto artigo, intitulado A cura do homem da mão seca e a resposta de Jesus ao legalismo religioso: um mergulho em Mc 3,1-6, apresenta, como síntese do ministério de Jesus no Evangelho segundo Marcos, o caráter restaurador das ações do messias. O autor, André Ribeiro, ao analisar a perícope de Mc 3,1-6 e evidenciar a resposta de Jesus ao legalismo religioso de sua época, defende que ela traz uma mensagem impactante ao leitor de todos os tempos, convidando a uma reflexão acerca do legalismo religioso que atravessa os séculos.

    No sexto artigo, intitulado Da possibilidade da graça e da desgraça diante da vulnerabilidade e da fragilidade humana à formação da graça originada da amizade social, Hélio Rafael, inspirado pela Carta Encíclica Fratelli Tutti, convida-nos a refletir sobre o encontro da Graça Original, que é Deus, com a Graça Originante, o ser humano, como condição para que a Graça Originada, a amizade social, supere os individualismos e as indiferenças sociais.

    Reconhecendo que a missão é a principal atividade da Igreja e seu verdadeiro objetivo, Luiz Gustavo, no sétimo artigo, sob o título A Teologia da Missão nos discursos de Bento XVI, analisa, nos discursos do papa emérito Bento XVI, pontos que evidenciam a sua Missiologia, especialmente naqueles proferidos durante o Dia Mundial das Missões. Aliando esses discursos aos documentos oficiais da Igreja, o autor enfatiza que o anúncio do Evangelho deve ser o que motiva e inspira todo o Povo de Deus para que a mensagem chegue a todos, refletindo sobre como a missão pode ser feita de maneira eficaz.

    Apresentamos a Crônica da XVI Assembleia Geral da Conferência das Instituições Católicas de Teologia (COCTI/CICT), que teve como tema central Teologia após a Veritatis Gaudium, realizada entre os dias 30 e 31 de maio, deste ano, na Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa (Lisboa). Participaram desta Assembleia os decanos e diretores, representando mais de 12 faculdades e escolas de teologia das Américas, Europa e Ásia. O Pe. Waldecir Gonzaga, que já era Delegado para a América Latina e Caribe, foi eleito presidente para a COCTI/CICT.

    Em seguida, apresentamos o telegrama que o Papa Francisco enviou para o Departamento de Teologia, por ocasião da celebração dos 50 anos da Faculdade Eclesiástica da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e, como todos/as poderão ver, concedeu-nos a bênção apostólica.

    Por fim, desejamos uma excelente leitura a todos e todas e queremos animar novos autores e autoras a contribuírem com suas reflexões nas próximas edições da Revista TeoPraxis.

    Desejamos um Feliz Natal e que 2023 seja um ano pleno das bênçãos de Deus.

     

    Francilaide de Queiroz Ronsi

    Editora Chefe da Revista TeoPraxis

  • Revista TeoPraxis
    v. 3 n. 5 (2023)

    Apresentamos a quinta edição da Revista TeoPraxis, publicada no
    primeiro semestre do ano de 2023. Estamos comemorando o terceiro ano de
    existência da revista e é tempo de expressar nossa gratidão a todos os
    envolvidos nessa jornada.

  • Revista TeoPraxis: Sexto número
    v. 3 n. 6 (2023)

    Apresentamos a sexta edição da Revista TeoPraxis, publicada no segundo semestre do ano de 2023. Estamos comemorando o terceiro ano de existência da revista e é tempo de expressar nossa gratidão a todos os envolvidos nessa jornada.