v. 2 n. 4 (2022): Revista TeoPraxis

					Visualizar v. 2 n. 4 (2022): Revista TeoPraxis

Apresentamos a quarta edição da Revista TeoPraxis. Estamos terminando o nosso segundo ano. É tempo de agradecer!  Nesse sentido, queremos trazer à memória a colaboração de todas as pessoas que colaboraram na construção dessa história, os/as leitores/as avaliadores/as, os/as autores/as com os seus artigos, o incansável trabalho da secretaria, o apoio e a confiança do Diretor do Departamento de Teologia da PUC-Rio, Pe. Waldecir Gonzaga. A todos/as, o nosso muito obrigada!

Neste momento festivo, consolidamos os objetivos da TeoPraxis, que são: estimular e promover a publicação de artigos de discentes dos cursos de Graduação em Teologia e Licenciatura em Ciências da Religião, bem como de outras áreas afins; estimular o desejo pela escrita e pela leitura; construir redes de interação entre os autores e autoras; e fomentar o compartilhamento de estudos, pesquisas e escritos entre os discentes e graduados.

Desse modo, um especial agradecimento, celebrando os dois anos da TeoPraxis, vai para os autores/as dos artigos que participam desta edição. Contamos com importantes contribuições em sete artigos. Alguns textos são autorais e outros em coautoria. Segue uma brevíssima apresentação de cada um deles:

No primeiro artigo, Márcio Feliciano, com o tema Mario Vitorino: testemunho e contribuição teológica no século IV, tendo como base as informações biográficas de Victorinus Afer, evidencia as contribuições do filósofo em temas e reflexões dogmáticas fundamentais para a história da Igreja, especialmente no período Patrístico. Dentre as reflexões, destaca-se a discussão em busca da definição da consubstancialidade entre Cristo e o Pai, presentes nos dois primeiros concílios da Igreja.

Com o título Carisma do fundador e carisma de fundação: importância, aproximações e distinções, os autores Carlos Roberto e Gabriel Arcanjo nos convidam e refletir, no segundo artigo, sobre as relações entre carisma do fundador e carisma da fundação, reconhecidos como dons distribuídos pelo Espírito Santo para o bem da Igreja e do mundo, inspirando a fundação de diversos Instituições Religiosas. Os autores defendem que para conhecer bem uma Instituição Religiosa é essencial conhecer os carismas do fundador e da fundação.

Tratando do tema A importância da Festa da Páscoa nos relatos da última ceia: a Páscoa de Jesus inscrita em continuidade à Pessach judaica, Arthur Carvalho demonstra, no terceiro artigo, como a Páscoa cristã foi elaborada e concebida pelos primeiros cristãos dentro do horizonte semântico e de significações da Páscoa Judaica. Analisando as narrativas sobre a Páscoa nos Sinóticos e no Evangelho segundo João, defende que, com diferentes matizes teológicas, os Evangelhos tomam das categorias pascais os significados mais fortes para interpretar a oblação salvífica de Jesus.

No quarto artigo, intitulado Os símbolos do sacramento do batismo: elementos mistagógicos na arte sacra, o autor Fernando Elias nos convida a refletir sobre o trabalho sacro e teológico do artista Cláudio Pastro e a inserção da arte sacra dentro do espaço litúrgico que compõem o batistério, como meio mistagógico para aqueles que adentram a fé cristã católica.

Partindo de um estudo essencialmente bibliográfico, o quinto artigo, intitulado A cura do homem da mão seca e a resposta de Jesus ao legalismo religioso: um mergulho em Mc 3,1-6, apresenta, como síntese do ministério de Jesus no Evangelho segundo Marcos, o caráter restaurador das ações do messias. O autor, André Ribeiro, ao analisar a perícope de Mc 3,1-6 e evidenciar a resposta de Jesus ao legalismo religioso de sua época, defende que ela traz uma mensagem impactante ao leitor de todos os tempos, convidando a uma reflexão acerca do legalismo religioso que atravessa os séculos.

No sexto artigo, intitulado Da possibilidade da graça e da desgraça diante da vulnerabilidade e da fragilidade humana à formação da graça originada da amizade social, Hélio Rafael, inspirado pela Carta Encíclica Fratelli Tutti, convida-nos a refletir sobre o encontro da Graça Original, que é Deus, com a Graça Originante, o ser humano, como condição para que a Graça Originada, a amizade social, supere os individualismos e as indiferenças sociais.

Reconhecendo que a missão é a principal atividade da Igreja e seu verdadeiro objetivo, Luiz Gustavo, no sétimo artigo, sob o título A Teologia da Missão nos discursos de Bento XVI, analisa, nos discursos do papa emérito Bento XVI, pontos que evidenciam a sua Missiologia, especialmente naqueles proferidos durante o Dia Mundial das Missões. Aliando esses discursos aos documentos oficiais da Igreja, o autor enfatiza que o anúncio do Evangelho deve ser o que motiva e inspira todo o Povo de Deus para que a mensagem chegue a todos, refletindo sobre como a missão pode ser feita de maneira eficaz.

Apresentamos a Crônica da XVI Assembleia Geral da Conferência das Instituições Católicas de Teologia (COCTI/CICT), que teve como tema central Teologia após a Veritatis Gaudium, realizada entre os dias 30 e 31 de maio, deste ano, na Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa (Lisboa). Participaram desta Assembleia os decanos e diretores, representando mais de 12 faculdades e escolas de teologia das Américas, Europa e Ásia. O Pe. Waldecir Gonzaga, que já era Delegado para a América Latina e Caribe, foi eleito presidente para a COCTI/CICT.

Em seguida, apresentamos o telegrama que o Papa Francisco enviou para o Departamento de Teologia, por ocasião da celebração dos 50 anos da Faculdade Eclesiástica da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e, como todos/as poderão ver, concedeu-nos a bênção apostólica.

Por fim, desejamos uma excelente leitura a todos e todas e queremos animar novos autores e autoras a contribuírem com suas reflexões nas próximas edições da Revista TeoPraxis.

Desejamos um Feliz Natal e que 2023 seja um ano pleno das bênçãos de Deus.

 

Francilaide de Queiroz Ronsi

Editora Chefe da Revista TeoPraxis

Publicado: 2022-12-28